quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CONCLUSÃO

“O nome de um homem não é como uma capa que lhe está sobre os ombros, pendente, e que pode ser tirada ou arrancada a bel prazer, mas uma peça de vestuário perfeitamente adaptada ou, como a pele, que cresceu junto com ele; não pode ser arrancada sem causar dor também no homem.”.
Johann Wolfgang Von Goethe.
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Ai está um pequeno resumo dos dados parentais da família Caracas. Pequeno, porque a família é maior do que a apresentada nesta obra. Muitos foram os que deixaram de figurar, nas páginas do livro, devido às dificuldades na obtenção das informações sobre o seu grupo familiar.
Era desejo, e não foi poupado esforço, para que cada membro sangüíneo, mesmo os daqueles que não mais usam o codinome Caracas, fosse, pela exaustão das pesquisas documentais e consultas pessoais, desvendados todos os seus descendentes diretos.
Devido a um costume da época, mesmo entre irmãos, ora usarem o sobrenome familiar do lado paterno, ora materno, muitos são citados com sobrenomes diferentes, embora pertencendo ao mesmo ramo genealógico, e sejam, também, da família Caracas. Portanto, muitos ignoram a sua ligação e o seu estreito parentesco com outros do seu próprio sangue, de sua própria estirpe. O objetivo deste livro é dirimir e elucidar estas questões.
A abordagem de ancestrais antigos, não foi com intenção de prender-se a genealogias fidalgas e nobres, ou a sangue azul, induzindo a orgulho e vaidade tão comuns a outros genealogistas, mas, e simplesmente isto, situar a família Caracas aos troncos mais antigos da colonização da capitania do Ceará, seja de procedência portuguesa ou não. A nobreza defendida foi a de que eles descendem de homens íntegros, honrados e honestos, e que fizeram da vida e trabalho, exemplo a ser palmilhado por todos.
Este trabalho foi desenvolvido, tendo, como base de pesquisas e de abordagem, os descendentes do oficial da Guarda Nacional, Alferes João Alves da Costa Caracas, o fundador da família Caracas nos Inhamuns. O velho patriarca, que aqui chegou no princípio do século XIX, vindo de Baturité - CE, fixou-se em São João do Príncipe - antigo nome de Tauá -, mais precisamente, na vetusta vila de Marrecas.
Foi feita, apenas, uma pequena introdução dos descendentes de José Pacífico da Costa Caracas (Capitão Caracas), considerado o fundador da família - o primeiro a usar o codinome Caracas. Os seus descendentes situaram-se no maciço de Baturité, e apesar do estreito liame com os de Marrecas, os mesmos já foram contemplados com extenso e abalizados desdobramento genealógico, feito tanto por Mário Linhares, em “Caracas – notas genealógicas”, como por Marcelo Caracas Linhares, em “Guaramiranga e os Caracas”.
Os contatos foram feitos através de cartas, e-mail’s, telefones e visitas pessoais. Muitos não retornaram; uns colaboraram mais, outros menos.
O trabalho de pesquisa foi realizado com toda a tenacidade necessária, pois não haviam tantos escritos que pudessem dar suportes mais confiáveis para os esclarecimentos que se faziam necessários. Usou-se, também, apesar da relutância, informação da tradição oral.
Não existiu intenção, por menor que fosse, de fazer exclusão de qualquer membro. Todos foram contemplados com a mesma importância e valor.
A semente foi lançada e os frutos, certamente, serão colhidos. O propósito da publicação do livro, foi não deixar a velha tradição dos ancestrais perdida nas dobras do tempo. Onde houver um Caracas, ai estará a sua história.
Que outro escritor, de maior fôlego, dê continuidade a esta obra.

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